Conhecendo eles

Alguns compositores brasileiros


 Noel Rosa



Noel Rosa (1910-1937) nasceu no bairro de Vila Isabel, Rio de janeiro, no dia 11 de dezembro. Filho do comerciante Manuel Medeiros Rosa e da professora Marta de Medeiros Rosa. Foi aluno do tradicional Colégio São Bento. Muito cedo aprendeu a tocar violão e bandolim. Em 1930 ingressa na Faculdade Nacional de Medicina mas depois de dois anos abandona o curso. Já estava envolvido com a música e a boemia. Formou junto com os músicos Almirante, Braguinha, Alvinho e Henrique Brito, o conjunto Bando de Tangarás
Entre os anos de 1930 a 1937, Noel compôs mais de 300 músicas, entre sambas, marchinhas e canções. Entre sua músicas destacam-se, "Com que roupa", seu primeiro sucesso, "Conversa de botequim", "Feitiço da Vila" e "Fita Amarela". Entre os interpretes de seus sambas destacavam-se Aracy de Almeida, Francisco Alves e Mario Reis.Noel Medeiros Rosa morreu de tuberculose, no dia 4 de maio de 1937, em sua casa no Rio de Janeiro, ao lado da esposa e da mãe, com apenas 26 anos.




      Pixinguinha 


Alfredo da Rocha Vianna Jr. (1897 - 1973), o Pixinguinha, é o pai da música brasileira. Normalmente reconhecido "apenas" por ser um flautista virtuoso e um compositor genial, costuma-se desprezar seu lado de maestro e arranjador. Pixinguinha criou o que hoje são as bases da música brasileira. Misturou a então incipiente música de Ernesto Nazareh , Chiquinha Gonzaga e dos primeiros chorões com ritmos africanos, estilos europeus e a música negra americana, fazendo surgir um estilo genuínamente brasileiro. Arrajou os principais sucessos da então chamada época de ouro da música popular brasileira, orquestrando de marchas de carnaval a choros. Pixinguinha tocava cavaquinho com 12 anos. Aos 13 passava ao bombardino e a flauta. Pixinguinha integrou o famoso grupo Caxangá, com Donga e João Pernambuco. A partir deste grupo, foi formado o conjunto Oito batutas, muito ativo a partir de 1919. Na década de 1930 foi contratado como arranjador pela gravadora RCA Victor, criando arranjos celebrizados na voz de cantores como Francisco Alves ou Mário Reis. No fim da década foi substituído na função por Radamés Gnattali. Na década de 1940 passou a integrar o regional de Benedito Lacerda, passando a tocar o saxofone tenor. Algumas de suas principais obras foram registradas em parceria com o líder do conjunto, mas hoje se sabe que Benedito Lacerda não era o compositor, mas pagava pelas parcerias. Quando compôs "Carinhoso", entre 1916 e 1917 e "Lamentos" em 1928, que são considerados alguns dos choros mais famosos, Pixinguinha foi criticado e essas composições foram consideradas como tendo uma inaceitável influência do jazz, enquanto hoje em dia podem ser vistas como avançadas demais para a época. Além disso, "Carinhoso" na época não foi considerado choro, e sim uma polca.[carece de fontes] Outras composições, entre centenas, são "Rosa", "Vou vivendo", "Lamentos", "1 x 0", "Naquele tempo" e "Sofres porque Queres".



       Ary Barroso

Nasceu no ano de 1903, Ary Barroso estudou teoria, solfejo piano com a tia Ritinha. Com doze anos já trabalhava como pianista auxiliar no Cinema Ideal, em Ubá. Aos treze anos trabalhou como caixeiro da loja "A Brasileira" e com quinze anos fez a primeira composição, um cateretê "De longe". Em 1920, com o falecimento do tio Sabino Barroso, ex-ministro da Fazenda, recebeu uma herança de 40 contos (milhões de reis). Então, aos 17 anos veio ao Rio de Janeiro estudar Direito, ali permanecendo sob a tutela do Dr. Carlos Peixoto provado no vestibular, ingressa em 1921 na então Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro, atual Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Adepto da boemia é reprovado na Faculdade, abandonando os estudos no segundo ano. Suas economias exauriram o que o fez empregar-se como pianista no Cinema Íris, no Largo da Carioca e, mais tarde, na sala de espera do Teatro Carlos Gomes com a orquestra do maestro Sebastião Cirino. Tocou ainda em muitas outra orquestras. Em 1926 retoma os estudos de Direito, A partir de 1943, manteve durante vários anos o programa A hora do calouro, na Rádio Cruzeiro do Sul do Rio de Janeiro Autor de centenas de composições em estilos variados, como choro, xote, marcha,foxtrote samba. Entre outras canções, compôs Tabuleiro da baiana (1937) e Os Quindins de Yayá (1941), Boneca de piche, etc. Durante os a década de 1940 e a década de 1950 compôs vários dos sucessos consagrados por Carmen Miranda no cinema. Ao compor Aquarela do Brasil inaugurou o gênerosamba-exaltação.

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